Voto, um dever disfarçado de direito?

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De acordo com a pesquisa da Abcop, nas eleições para cargos executivos, 15% dos eleitores definem seu voto na boca da urna.


Ano de eleição período que para muitos eleitores é incômodo pelo fato de tais eleitores serem obrigados a ver as mesmas propagandas eleitorais obrigatórias na TV com gente bem vestida tentando persuadir o eleitorado com promessas muitas vezes incoerente. Que chato não? Mas e se o voto não fosse obrigatório e essas datas virassem simples feriados? Está você lá, passou meio ano ouvindo muitas vezes sem querer aquele candidato falar em todas as mídias à mesma coisa que todo mundo já sabe. Porém você só vai sair de casa se aquele candidato realmente valer à pena, e para isso ele vai ter que se empenhar mais em sua campanha de acordo com a pesquisa feita pelo cientista político Rogério Schmitt, professor da Escola de Sociologia e Política de São Paulo.
Os políticos estão cientes que em 15% dos eleitores definem seu voto na boca de urna, e ainda pior, 45% saem de casa para votar sem saber em quem votar diz a pesquisa feita pela ABCOP (Associação Brasileira de Consultores Políticos), provando que tais políticos sabem que é com essa massa, que ele tem que apelar em todas as eleições para garantir sua vaga. E com o voto facultativo essas pessoas que de certa forma atrapalham uma escolha sensata dos candidatos, talvez nem saíssem de casa.
Segundo a pesquisa do Datafolha, o voto obrigatório divide o eleitorado brasileiro. De acordo com a pesquisa 48% das pessoas entrevistadas são favoráveis e 48% são contra a obrigatoriedade de votar. Esses dados demonstram a mudança de direção na rota crescente de apoio ao voto obrigatório. Um relatório do Instituto internacional para Democracia e Assistência Eleitoral com sede na Suécia afirma que 62% das pessoas consideradas mais ricas e 65% dos mais escolarizados iriam às urnas se o voto fosse facultativo, e cerca de 52% dos mais pobres e os menos escolarizados são os que menos votariam ,com isso as eleições ficariam mais trabalhosas para os candidatos, pois haveriam eleitores mais exigentes e consequentemente políticos mais responsáveis no poder.
Essa situação não mudará ate que todos tenham a consciência de que essa democracia atual só mostra o autoritarismo político sobre os brasileiros, pois como diz um artigo no site do senado “vivemos, na verdade, uma ficção: estamos nos enganando, pensando que o voto é obrigatório. Achando que a obrigação do cidadão é ser eleitor - ter o título eleitoral é uma obrigação, como qualquer outro documento; entretanto, o ato de votar é um direito de cidadania que a pessoa exerce, e no seu exercício, na sua participação de cidadania isso vai se ampliando”.

1 comentários:

Catarina disse...

minha vontade é imprimir isso e divulgar, porque provavelmete, como eu, poucas pessoa devem ter a base para perceber esse ponto de vista sem um "empurrãzinho". Parabéns, primo.

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